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Resgate

Histórias eróticas para mulheres livres. Se inspire e desperte a sua imaginação para sentir na intensidade que você deseja. Contos para gozar, se deleitar. Na vida, no quarto e na cama.


Carla era conhecida como a "dama de aço" no trabalho. Nas reuniões não sorria, não tinha colegas que viraram amizades e não era uma pessoa especialmente paciente. Mas desde que ela contratou Antonio, seu estagiário, tudo começou a mudar.

Olhei para meu google agenda e deu aquela vontade de chorar: tinha mais 6 reuniões, só hoje. Peguei o café da mesa e dei um gole enquanto disfarçava meu pavor. 

- Tá tudo bem, Carla?

Na hora que Antonio, o novo estagiário que contratei mês retrasado, emitiu essa pergunta, toda minha equipe virou para encará-lo, esperando minha reação, esperando que eu fosse ríspida com o Antonio. Percebi que a Luana deu uma leve cotovelada nele, dando aquele toque discreto.

A verdade é que achei graça.

- Tá sim. Obrigada por perguntar. 

- Que bom! - ele respondeu sorrindo, ignorando os rostos aflitos ao nosso redor. 

Eu até entendo eles terem esse medo. Eu encarei os 10 anos que trabalhei nessa multinacional como um grande jogo de estratégia, e me revesti na figura dura, ríspida e impecável.

Dez anos atrás, ninguém imaginava uma mulher subir para uma posição de direção. E em 8 anos, eu virei a única diretora mulher dessa multinacional de petróleo e gás. 

O preço que tive que pagar foi ficar conhecida como “dama de ferro”. Sinceramente? Que seja assim. Que tenham medo de falar comigo. Da minha impaciência para os pequenos erros. Do meu perfeccionismo. Eu sabia que ninguém iria entrar na minha armadura desse jeito. Nenhum homem - que subiria na escala corporativa com três vezes menos esforço do que eu tive que fazer - iria desmerecer minhas conquistas e o que passei para chegar onde cheguei. Vida que segue. 

Tudo isso mudou quando eu contratei o Antonio. Minha equipe ficou surpresa quando o menino de cabelos desalinhados e óculos ray ban entrou na sala. Ele era meu perfeito contraste: extrovertido, amigável, engraçado. E perigosamente bonito. 

Naquela manhã seu cabelo aloirado brilhava contra o sol e eu só queria passar minhas mãos naquela seda macia. Eu queria me esbofetear: mais de 100 estagiários passaram por mim e ele foi primeiro que me causou esses estranhos desejos. 

Levantei para pegar uma água e no corredor, pensava sozinha: O que será que ele tinha? 

- Oi Carla! Posso falar contigo rapidinho? 

Virei e ele estava atrás de mim, meio nervoso. Achei curioso, era incomum ver ele desse jeito

- Claro. Quer entrar ali naquela salinha? 

- Sim...

Ao fechar a porta, ele virou e segurou suas mãos na frente. Vi a tensão acumulada no seu corpo.

-Olha, me deram um toque… que você não curte muito interação sem ser coisa de trabalho, mas eu senti essa manhã que você tava tensa com algo. E acabei perguntando.  

Ele carregava seu coração na manga, e eu podia sentir isso. Ao contrário das outras pessoas, me incomodava sentir ele desconfortável comigo.

- Antonio, normalmente eu não gosto, é verdade. Mas eu vi que veio de uma preocupação genuína. 

Ele passou a mão no cabelo e sorriu, aliviado. Eu não sei se eram suas mãos fortes, ou os dois botões da sua camisa abertos, mas eu me peguei falando:

- Eu tô bem cansada, Antonio. Exausta. Daria tudo por uma cerveja agora. 

A Carla de dois meses atrás iria mentalmente se castigar por ser impulsiva assim. Com um homem, ainda por cima um estagiário.

Mas a Carla de hoje estava cagando pra tudo isso. 

- Vamos depois do trabalho? - ele me perguntou, com os olhos brilhando.

-Vamos. Mas não é para ninguém da empresa saber.

-Beleza! 

Ele corou e saiu da sala. 

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Antonio já estava na mesa do bar quando eu cheguei. Ele olhava para as vidraças enormes da janela. Meus saltos ecoavam pelo chão de cimento queimado e ele finalmente me viu, acenando em minha direção.

- Ei! Como você tá?

- Cansada. Garçom já passou aqui? 

- Já… quer ver a carta de drinks? 

- Já sei o que quero. 

Reparei que as mãos dele suavam enquanto ele segurava o copo de cerveja. Como se ele estivesse pensando muito em algum assunto para falar comigo. 

O meu moscow mule chegou, e depois de beber quase metade, tomei coragem para desabafar:

- Respondendo sua pergunta de hoje, eu não tô muito bem. Faz um tempo já. Eu sei que eu construi essa imagem e sei do meu apelido na empresa. Nunca me incomodou, só me ajudou. Mas ultimamente, ando cansada disso. E fico feliz que você tenha visto humanidade em mim. 

- Pô Carla. E eu fico feliz que você confie em mim para desabafar. Eu sei que nos conhecemos há pouco tempo, mas eu sinto verdade vindo de você e entendo que pra chegar onde você chegou, talvez tenha sido melhor criar uma casca grossa. Mas eu sinto que você vai muito além. 

Ele sentou pegou nas minhas mãos e naquele momento, senti borboletas na minha barriga. 

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30 minutos depois, estávamos rindo alto. Eu descobri que ele queria ir para a área de BI, não gostava tanto de trade marketing. Eu contei pra ele que queria me aposentar com 35 e ir morar no meio do mato. Ele achou graça ao me imaginar em uma comunidade hippie. 

- Zero te imagino tocando faroeste cabloco no violão e harmonizando chakras…

- Você nem imagina o que eu gosto de fazer na minha vida pessoal, haha. 

- E se eu quisesse saber? 

Ele perguntou olhando meio sério, meio rindo. Aquele jeito descontraído dele do nada teve um ar muito sério. Sério, mais infinitamente sexy. 

Cruzei a distância entre nós e o beijei. Nossas línguas ferozes, nos conhecendo, minhas mãos em seu peitoral, suas mãos descendo nos meus quadris. 

- Vamos sair daqui? - perguntei, tomando um ar.

Ele hesitou por um momento, mas acho que nessa hora a razão, nossos cargos, o impacto da nossa transa já tinha ido para o espaço.

Ao chegar no meu apê, continuamos a nos beijar loucamente, as chaves caindo no chão. Eu mordi seus lábios e o empurrei para o sofá. 

Ele sentou, me olhando, o pau claramente duro naquele jeans claro. Eu ri e abri sua braguilha, lambendo toda a cabeça do pau. Chupava e olhava pra seus olhos extasiados, o gemido rouco me deixando louca. 

Levantei, abaixei minha calcinha e fiquei com o meu salto. Sem falar nada, sentei de uma vez só no seu pau. 

Nós gemiamos alto. O único barulho era o som da minha lubrificação no seu pau. Ele segurava a minha cintura, me ajudando a sentar. Senti seus dentes mordiscando meu pescoço, enquanto sua mão foi para a frente e começou a estimular meu clitóris. 

Era demais. Demais. O crescente foi tomando conta de mim e me peguei apertando aquele pau com minha buceta, toda melada de tanto gozar. 

- Ahhh caralho…

Ele gozou na camisinha, dentro de mim, e naquele momento, nunca me senti tão completa. Eu dei uma risada e beijo na sua bochecha. 

- Eu já imaginei como poderia ser, mas jamais pensei nisso aqui - ele disse, me abraçando.

Eu também não esperava. Era o início do relacionamento mais sincero e bonito de toda a minha vida. 

O meu resgate.

(Continua)

...

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