Startup de produtos eróticos foca no prazer feminino e quer faturar R$ 440 mil

Fora do Brasil, as chamadas sextechs já são uma realidade — ou seja, startups que unem sexualidade e tecnologia. No Brasil, porém, essa onda está demorando para chegar, contando apenas com alguns poucos exemplos do setor. No entanto, a empreendedora e publicitária Marília Ponte está correndo atrás para quebrar os tabus desse mercado no País com a startup Lilit, uma empresa focada em produtos voltados para o prazer feminino.

Fundada em agosto, no meio da pandemia, a empresa deixa claro sua vocação desde o nome. Afinal, Lilith teria sido a primeira mulher criada por Deus, bem antes de Eva. No entanto, ela não aceitou ser submissa a Adão, que exigia uma posição de serventia, seja nos costumes ou no sexo, e a impedia que tivesse desejos próprios. Abandonou o Éden e acabou se tornando uma figura maldita no preceito religioso, mas com força ainda hoje.

Afinal, é o nome dela que está nas criações de Marília. Nesses três meses de startup, a empreendedora já colocou um vibrador no mercado que está fazendo sucesso. Ao invés de seguir padrões masculinos de sexualidade e prazer, o aparelho foi desenvolvido após uma série de testes com mulheres. Assim, funciona da melhor maneira para elas: um estimulador de clitóris recarregável com cinco opções de vibração, abandonando as pilhas.

“Fizemos mais de 3 mil entrevistas com mulheres. Hoje, a maioria dos vibradores é importada, geralmente voltada para o prazer masculino. As mulheres ainda escondem seus vibradores em um cofre”, explica Marília Ponte. “A gente ainda está em um estágio carente de informação, de atenção, de educação. Há muito consumo de materiais descartáveis, a pilha. Por isso lançamos um produto feito por e para mulheres”.

Com essa ideia, em um mês de operação, a Lilit já vendeu 220 unidades do seu produto, de R$ 289, e a expectativa da empreendedora é fechar o ano faturando R$ 440 mil.

Liderando as sextechs

Com esse produto totalmente desenvolvido por mulheres, seja do design ao desenvolvimento industrial, a Lilit começa a chamar mais a atenção para essa onda de sextechs. E, com isso, enfrenta dificuldades e preconceitos. “A gente não consegue ter uma conta no Instagram para fazer publicidade da Lilit, nem ter influenciadores parceiros”, conta a empreendedora sobre a censura da plataforma, que veta anúncios de vibradores e afins.

Além disso, Marília Ponte conta que nem mesmo uma conta profissional no WhatsApp conseguiu ter. “Nós fomos banidos no WhatsApp. Nossa conta caiu”, afirma a empreendedora, chamando o movimento de censura. “Além disso, quando falamos de produtos voltados para o prazer feminino, falta um olhar sobre a qualidade. Atualmente, nós não temos nenhuma regulamentação de vibradores, nem Inmetro, nem da Anvisa”.

Ela, porém, acredita q ue esse preconceito acontece por ser em um momento inicial do mercado. A longo prazo, a empreendedora acredita que as sextechs estarão nas prateleiras. “Por ser algo novo, você coloca no guarda-chuva de sextechs de áudios de contos eróticos até robôs sexuais. No entanto, vejo um futuro mais voltado para produtos da rotina, de bem-estar,como vibradores, lubrificantes e produtos de farmácia”, afirma Marília.

Assim, depois do primeiro vibrador no mercado, a empreendedora já pensa em novos passos para tentar trazer, de vez, a onda das sextechs para o Brasil. “Já estamos criando uma vela para massagem, outros vibradores no ano que vem”, conta Marília. “Também queremos desenvolver conteúdo, desde contos com narrativas mais profundas até conteúdo de educação. Com cuidado e atenção, podemos melhorar a sexualidade das mulheres”.

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Escrito por Matheus Mans.
Artigo publicado no Yahoo! Finanças em Outubro de 2020.

O QUE ELAS DIZEM SOBRE O BULLET LILIT?

Entrega super rápida, embalagem cuidadosamente produzida, um cheirinho delicioso e um produto surpreende, já tive outros vibradores, mas nenhum com esse cuidado no acabamento, uma textura delicada, simplesmente PERFEITO! Já sou fã de carteirinha, até comprei um para minha melhor amiga.

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