Contos para deixar a mente viajar

Conto 1 | Na mesma quadra

Mais um dia de treino de arremesso. Mais um dia de eu me sentir péssima e a síndrome da impostora bater. Cinco dias atrás, tinha ingressado no time feminino de basquete do Flamengo. Eu jogava basquete praticamente desde que saí das fraldas. Eu tinha experiência de treino. Mas em um grupo? Em um time? Nunca imaginei. Ainda mais no Flamengo. 

- Lu, quica a bola mais forte!

Paula, a capitã do time, sempre estava do meu lado. Sempre sentia os olhares das meninas me olhando de cima abaixo, me analisando. Com a Paula era o contrário. No alto de seus 1,90 de altura, sentia seus olhos jabuticaba sorrirem sempre que me olhavam. Na minha entrevista, ficamos horas conversando sobre laces, sobre nós sermos duas mulheres pretas no esporte. Mesmo sem nenhuma intimidade, sabia que ela me entendia pelo que eu sou. Toda hora que ela me olhava, sentia borboletas na barriga.

Hoje, particularmente, eu só estava fazendo merda. Eu errei 5 vezes o arremesso. Dava pra sentir as meninas putas comigo. Porra. Não conseguia parar de pensar no Pedro e sua mensagem de manhã: “volta pra mim”. Cinco anos com ele e vivíamos nesse ioiô de vai e volta. Eu não queria mais. 

No vestiário, eu colocava as minhas coisas na mala, nervosa. A Lu pediu pra conversar comigo antes de eu sair. Ela entrou no vestiário quando as meninas já tinham tomado banho e ido embora. 

- E aí, Lu? Você tá bem? Senti que você estava meio distante hoje. 

- Oi Paulinha. Desculpa. Uns problemas pessoais chatos. 

- Amiga, relaxa. Não precisa pedir desculpa. Estamos aqui pra isso. Se precisar desabafar, conversar…

- Ai Paula. Boy que eu insiste e fica me perturbando. E eu sempre volto… 

Eu não sabia desabafar. Apenas soltava tudo sem filtro. Na hora fiz uma cara de pânico. Porra, Luana, para de se comprometer. Ainda mais com essa mulher maravilhosa. 

-Desculpa… as vezes não tenho muito filtro.

- Ô Lu, era pra você falar mesmo. Sei que a gente se conhece há pouco tempo, mas pode confiar em mim.

Estávamos sentadas no banco e ela olhava no fundo dos meus olhos. Seus mamilos estavam duros sob a lycra mescla do seu top. Era difícil se concentrar com tanta beleza. Ela segurou a minha mão. Eu não estava acostumada com uma pessoa tão afetiva - e tão bonita.

- Hoje fiquei desconcentrada com isso. Pensava que ia cair sempre nessa armadilha. 

- Posso te falar uma coisa? Eu fico desconcentrada toda vez que te vejo no ataque. Não tem pra ninguém. Dá pra ver o amor e dedicação que você coloca no jogo.

Eu senti algumas lágrimas escaparem. Ela me olhava com um afeto, uma serenidade. Me senti intoxicada por todo aquele carinho. Por um momento doido, eu a abracei. Senti ela me abraçar de volta. Sentia o suor na minha nuca. Ela parou de me abraçar, segurou nos meus braços e me olhou nos olhos, e limpou minhas lágrimas com os dedos. 

Não dava mais. 

Eu me inclinei e dei um selinho nela. Eu voltei a sentar normal e olhei pro seu rosto - que agora, estava com um belo sorriso.

- Porra, desculpa, eu…

Ela me beijou de volta. Dessa vez, com língua. Não sabia onde eu começava e ela terminava. Me puxando pelos meus quadris, eu sentei no seu colo. Naquele momento, nada importava. Foda-se time. Foda-se meu ex. Era só a gente. 

Ela interrompeu e me olhou, soltando uma risada. 

- Eu queria fazer isso, mas achei que você era hétero…

- Até 3 minutos atrás, eu também achava que eu era. Mas você é diferente. De tudo. 

Ela voltou a me beijar e passou a mão na minha bunda, enquanto eu estava no seu colo. Eu estava completamente molhada. Ela beijou do meu pescoço até minha orelha, onde começou a mordiscar levemente. Ela sussurrou:

-Me fala se você quiser parar. 

Senti suas mãos nos meus seios e eu levantei a minha blusa, pra ela ter melhor acesso. No meio tempo, dei um jeito de tirar seu top. Era indescritível a sensação do seu peito no meu. O calor, o carinho, seu cheiro. 

Lentamente, ela colocou a mão por baixo da minha calça legging. Senti sua mão apalpando minha vulva, a reconhecendo. Ela passava a mão nos meus lábios aproveitando minha lubrificação. Eu parei de beijar e comecei a arfar no seu ombro. 

- Quero que você me mostre como gosta. 

Segurei seu pulso e fui guiando. De um lado pro outro, em cima do clitóris, sem nunca encostar. Eu gemia baixo e senti que não iria durar muito. 

- Como você geme gostoso…

Ela usou um dedo para me penetrar. Depois, dois dedos. Vai e vem, lento, olhando nos meus olhos. Seus olhos semicerrados. Minha respiração ofegante e meus gemidos soltos. Porra.

- Goza na minha mão, vai… 

Fechei os olhos e coloquei a mão nos seus cabelos, quase me agarrando. A onda veio como um tsunami e senti que encharquei suas mãos. Caralho. Ouvi uma risada gostosa. Ela tirou a mão da minha legging e colocou na sua boca, lambendo todo meu gozo. 

- Acho que hétero você não é...

Conto 2 | Por acaso

Eu não tinha ideia que seria assim. 

Achei que quando finalmente eu assinasse os papéis com o Tiago, no Fórum do Centro, eu iria desabar. 7 anos de casamento, com direito a festão, lua de mel nas Maldivas, casa financiada junta… era uma vida. 

Mas eu estava estranhamente calma. Contente, até. Senti um alívio imenso. Já estávamos morando separados fazia 5 meses, e dar um ponto final teve um efeito catalisador. 

Eu estava livre para me permitir ser quem eu quisesse. Fiquei muito tempo sem sentir nenhum desejo, sem querer me arrumar, me cuidar. Sem saco mesmo: Tiago tentava me levar pra jantar, tentava me animar para transarmos, mas eu não estava mais presente naquela relação. Me sentia diminuída, apagada. Uma incógnita.

O que me dava esperança de um tempo melhor eram os meus sonhos. Sonhava que estava viajando de volta nas Maldivas, mas ao acordar, não estava do lado do Tiago - acordava abraçada com uma massa de cachos negros com cheiro de jasmim, uma mulher de pele retinta vestida com um vestido de linho cru. 

Engraçado que nos dias mais tensos, quando esse sonho se repetia e ela acordava do meu lado, eu sentia que tudo daria certo. Ela era como um talismã imaginário, uma força do além que me acalentava e acolhia. 

Estava perdida nos meus pensamentos enquanto dirigia para ir para o mercado, comprar um vinhozinho para comemorar minha recém solteirice. Olhei para o whatsapp e vi um grupo de amigos querendo marcar para comemorar. Dei uma risada. Eles estavam tão aliviados quanto eu estava. 

Depois de pegar alguns queijos que pareciam estar em oferta, fui direto para a sessão de vinhos e mergulhei naquele universo. “Hoje eu vou me mimar” - pensei, olhando os rótulos mais caros, no topo da prateleira. Vi um Xavier Vignon ali no topo e fui pegar para dar uma olhada. Foi levantar a mão para sentir um corpo colidir com o meu, o vinho escapando das minhas mãos e espatifando no chão. 

-Meu Deus! Me desculpa! 

Escutei a voz doce e feminina e olhei pra cima. Vi uma mão estendida de uma mulher de vestido de linho branco, os cachos grossos presos em coque. “Não, não acredito” - pensei, boquiaberta e sem reação. Por mais um milissegundo, fiquei paralisada e depois reagi, dando a mão e levantando. 

- Não, eu que peço desculpas. Achei um vinho que eu queria faz tempo e…

- E eu esbarrei em você. Pode deixar que vou te ressarcir, incluindo sua roupa. Essa mancha não vai sair tão fácil… - ela disse, olhando pra mim

Olhei para minha blusa branca de cetim e vi a enorme mancha de vinho tinto na altura do peito. Meus mamilos reagiram, duros, e meu sutiã de renda estava todo à mostra. Dei uma risada.  

Eu não conseguia acreditar que a menina que confortava nos meus sonhos estava na minha frente. Eu não era uma pessoa particularmente religiosa nem mística, mas um acaso assim tão específico não deveria ser tão por acaso assim. Eu iria aproveitar ao máximo. 

- Acontece, haha. Fica tranquila. Qual o seu nome? 

- Lisa. Ai que vergonha… uma mulher elegante e bonita dessa e eu quebro o vinho da sua mão. 

- Lisa, vamos fazer o seguinte: vamos sair pra beber uma taça de vinho aqui perto? Você pode? Aí ficamos quites. 

Ela abriu um sorriso imenso, seus dentes reluzindo. 

- Eu tava querendo mesmo. Prazer… 

- Carla. 

O dia não poderia ser mais estranho, mas prometia trazer cada vez mais peculiaridades. Nós sentamos na bancada alta do restaurante, duas tacinhas do mesmo vinho que quebramos na mão. Descobri que Lisa era arquiteta e estava em uma obra pertinho. Mostrou foto de seu cachorro, Alberto, e da obra que estava fazendo. Ela olhava no meu olho e em certo ponto, fez um carinho na minha perna. Eu sentia borboletas na barriga. 

Nós estávamos meio altinhas, rindo e falando sobre reality shows ruins que amávamos. Do nada, ela mudou de assunto:

- Me diz Carla, como foi seu dia? Me desculpa de novo. Eu sou muito desastrada...

- Imagina. Olha, fora o encontro contigo, eu assinei os papéis do meu divórcio hoje. Oficialmente solteira - disse, com um meio sorriso, brindando. 

- Caramba! Mas você tá bem né? Eu tenho um negócio com energia, e quando te vi, senti uma coisa boa… 

- Agora estou. Posso te contar uma coisa muito doida? Você vai me achar maluca.

- Acabei de te falar que eu tenho um negócio com energia, quem deve estar achando maluca é você…

- Nada! Vou ser direta: eu sonhei contigo. 

- Mentira! 

- Juro. Com o mesmo vestido que você está. 

- Mas como era o sonho?

Dei uma bebericada e suspirei:

- Eu acordava em um bangalô nas Maldivas. O mesmo que passei a lua de mel com meu ex marido. Olhava pro lado, e lá estava você, com esse mesmo vestido de linho, olhando pra mim e sorrindo.

Ela soltou uma risada e pegou na minha mão:

- Não acredito! Eu falava algo? 

- Nada. Sorria com esse seu sorriso encantador. Sabe, nos últimos 6 meses, esse sonho se repetia. Comecei a considerar aquela mulher, você no caso, como um talismã, uma guia protetora. Te ver na minha frente mexeu comigo.

- Mesmo eu molhando sua blusa branca toda? - ela disse, dando uma piscada. 

- Mesmo assim. 

- Você também mexeu comigo, sabia? - ela disse, se inclinando e sussurrando no meu ouvido

Eu sabia que ali eu podia fazer uma escolha. Por muito tempo, quando eu ainda era solteira, me considerava uma mulher hétero - mas eu sabia que estava me enganando. Estava sóbria suficiente para ter noção que eu iria me aventurar com uma mulher, coisa que nunca tinha feito na vida e sempre tive aquela curiosidade, aquele tesão reprimido. Mas né? Eu vi aquela mulher nos meus sonhos. Se isso não era um sinal…

Eu passei a mão nos seus cachos grossos e dei um sorriso. Cheguei perto de seus lábios e dei um beijo rápido, testando a maré. Ela me beijou de volta, de língua, e quase caímos da bancada. 

- Eu moro aqui do lado. Sobe comigo? 

Fomos até seu apartamento de mão dadas, nos beijando loucamente no elevador. Ela abriu as chaves do apartamento e de repente, nos vimos no sofá - eu estava sentada por cima dela. Senti ela tirar minha blusa de cetim manchada, desabotoando meu sutiã. 

Eu estava só de saia no seu colo, meus seios contra os seus, a sua boca no meu pescoço, mordiscando. Eu gemia leve, trêmula, excitada e nervosa. 

- Você nunca fez com uma garota, né?

- Não. Nunca nem beijei uma mulher. Mas você é diferente.

- Sou seu talismã, não é?

Eu soltei uma risada e a beijei intensamente. Ela aproveitou e colocou o dedo dentro da minha calcinha. Primeiro um, depois dois.

Parecia realmente que ela me conhecia: sabia os movimentos que eu gostava - de um lado pro outro, rápido e depois devagar, a mão deslizando nos lábios, e depois três dedos dentro de mim.

Eu gozei mordendo seu pescoço, aliviada. Livre. Nos beijamos e ela me abraçou:

- Espero que seu próximo sonho tenha esse novo capítulo que escrevemos hoje.

Conto 3 | Hora dourada

Eu ajustei minha blusa e olhei para minha imagem refletida na janela. Eu conseguia ver que a multidão no terraço do prédio estava começando a se dispersar. O pôr do sol laranja iluminava a festa e me fazia sentir como se eu já estivesse um pouco bêbada. 

- Tô vendo que você já tá de olho nas pessoas.  

- Ei, eu só estou vendo se todo mundo está se divertindo. 

- Todo mundo aqui é adulto. Você não precisa ficar fiscalizando se está faltando bebida. Eu só quero que você aproveite sua própria festa. 

- Eu estou. Eu aproveito só de estar cuidando das coisas desse jeito.

- Para de ser doida, garota. 

- Você também é. 

Olhamos para uma ruiva chegando, com um vestido longo e óculos escuros. 

- Eita, a Clara acabou de chegar. 

- Ela deveria saber que esse é o fim da festa… Você chamou ela?

- Lógico. Você fica stalkeando ela no Instagram desde que eu fiz aquelas fotos com ela. Fora isso, você falou que eu poderia convidar quem eu quisesse. 

- Bom, ela parece estar ótima. 

A festa parecia que tinha mudado. Um espaço se abriu para a Clara, naquele seu esplendor ruivo, caminhar. Ela estava no parapeito olhando para todos. Perfeitamente casual, com seu vestido longo com uma parte do seu abdômen à mostra. Ela parecia que tinha acabado de sair de um iate em Ilhabela. Eu imaginei ela ao acordar, a luz da hora dourada batendo na sua pele. 

Dei um oizinho de longe. 

- Você tá encarando, vai logo falar com ela. 

- O que eu posso falar? 

- Vai garota, use sua magia da extroversão. Pergunta sobre o que ela faz. Aposto que ela tá doida por uns jobs de modelo.

- Para de ser doida. Ai meu deus, ela tá vindo aqui. 

- Vou pegar um drink para vocês conversarem. Boa sorte! 

Eu balancei a minha cabeça e fiquei de costas para o bar. Dei um longo gole no meu Cosmopolitan e fiquei a encarando timidamente, com um meio sorriso. 

- Oi Dominique. 

- Oi! 

- Você se importa se eu fumar do seu lado?

- De forma alguma. 

Ela começou a fumar do meu lado em silêncio. Ela estava perto o suficiente para eu sentir o cheiro do seu perfume. Jasmim e algo profundo, como couro. Eu olhei para olhar os prédios do entorno e ela fez o mesmo. E quando eu virei minha cabeça para a observar vi seu sorriso. 

- Você quer fumar também?

- Agora? Tá bom. 

- Então, você é mais observadora? 

- Normalmente não. Normalmente eu fico trabalhando sem parar para ter certeza que todo mundo que está tomando um drink e contente. Sendo a anfitriã. Eu não consigo me segurar. Mas hoje não. Eu tô tentando ser mais informal. 

- Sim… consigo sentir isso. 

Eu estava claramente nervosa, amassando minhas mãos nas minhas costas. 

- E o que mudou hoje?

- Ah, você vai achar brega. Mas foi um relacionamento. 

- Um rompimento de relacionamento?

- Não. Melhor te poupar da história toda. 

- Não, eu quero ouvir. 

Eu comecei a falar e percebi que as pessoas nos observavam enquanto falávamos, mas eu estava sinceramente cagando para isso. Ela me olhava nos olhos. Eu sentia como ela estivesse me desafiando, mas eu não conseguia manter o contato visual. Eu olhava pra baixo, para os lados… conseguia contar as suas sardas. 

Meus pensamentos pareciam nós atados. Mas com cada pergunta que ela fazia, eu sentia como ela estivesse os desenrolando. E eu me peguei falando coisas que eu não falava nem mesmo pra mim mesma. 

Naquela hora, o pôr do sol já estava acabando. Nós estávamos sozinhas no telhado.  Eu mal notei. Parecia como se nós estivéssemos nos conhecido há muito tempo. Tinham palavras e perguntas que eu sentia que ela fazia como se quisesse descobrir algo a mais. 

- Bom, talvez você ainda não tenha ficado com uma pessoa que sabe o que você quer. 

- E o que você acha?

- Acho que você está cansada de fazer muitas escolhas. Ter que decidir por todo mundo. Eu acho que você quer uma pessoa que te cuide e tome as rédeas. 

Eu não sei o que me possuiu naquele momento, mas eu soltei:

- E porque você não toma as rédeas? 

Ela sorriu e colocou uma das minhas tranças atrás da minha orelha, passando a mão no meu pescoço. Eu coloquei as pontas dos meus dedos no seu vestido, pegando as alças e a trazendo mais para perto. 

Clara estava com as mãos nos meus quadris. Eu balancei a cabeça afirmativamente e ela levantou o tecido da minha saia. Ela tirou minha blusa e colocou a língua nos meus mamilos. 

Não tinha muitos móveis no terraço. Eu vi uma mesa baixa de madeira dando bobeira e eu não precisei falar nada. Ela disse, no meu ouvido:

- Seja uma boa garota e deite naquela mesa. 

- Sim, senhora. 

- Desse jeito. 

Ela tirou o vestido e pegou o tecido. Eu levantei meus braços, conforme ela instruiu, e ela prendeu com o vestido de verão dela. Puta que pariu. 

- Se você quiser que eu pare, fale Vermelho. Mas faça o que eu te pedir. Eu sei que você quer alguém que tome as rédeas, mas o controle é um hábito difícil de perder. Quero te ajudar nisso. 

Ela se ajoelhou entre as minhas pernas e desceu minha calcinha. Sentia como se toda a cidade estivesse de olho na gente.

Ela começou a passar a língua em toda minha vulva: nos lábios, no meu períneo, quase escapando do meu clitóris. Ninguém tinha me chupado assim. A sua boca parecia que queria me devorar por completo. Tomar todo o controle. 

- Ah… Me come…

Ela começou a ir com mais força, agora direto no meu clitóris, o beijando com força. Eu queria empurrar sua cara contra a minha buceta, mas estava presa. Levantei meus quadris para irem na sua boca. 

Senti dois dedos dentro de mim enquanto girava a língua no meu clitóris. De novo, de novo, e de novo. Eu levantei minhas costas, meu ombro na tábua fria da mesa. Eu me sentia chegando em primeiro lugar em uma corrida, meu corpo quente e meus gemidos incontroláveis. 

Gozei com tudo, meus fluidos escorrendo entre minhas pernas. Senti a vibração da sua risada, enquanto ela levantava e sorria para mim. 

Se isso era perder o controle, eu queria perdê-lo todo dia. 

Tradução livre de conto publicado no Dipsea. Escute o áudio original.

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